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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

ALEGORIA DA CAVERNA - MAURICIO DE SOUZA (com som)

Comparativo do Texto "Alegoria da Caverna", de Platão, com suas versões contadas por Marilena Chauí e Maurício de Souza. Dentre as mais diversas formas de se fazer uma explanação sobre um texto tão antigo quanto este, as apresentadas por Marilena Chauí e Maurício de Souza parecem ganhar destaque, seja pela contextualização do tema, ou pela interpretação prévia do mesmo pelos escritores. A autora Marilena Chauí interpreta ponto a ponto os componentes formadores do texto original, "tirando" do leitor esta prerrogativa; num primeiro momento, seria possível ver tal fato de forma negativa; no entanto, devemos lembrar que este texto foi escrito num momento histórico em que as descobertas ou pesquisas de cunho científico ou filosófico não eram bem vistas, justamente por estabelecerem um contraponto às idéias até o momento concebidas. A autora cita, por exemplo, a condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense. Cabe dizer que Sócrates foi condenado à morte no ano de 399a.C., acusado de desrespeitar os deuses, corromper a juventude e violar as leis; eram estes crimes passíveis de tal condenação? Talvez não, trasladados aos tempos de hoje. No entanto, àquela época o seu "desvio" de conduta lhe trouxe vários seguidores. Vejamos: se quebras de rotinas e protocolos nos assustam ainda hoje, que diríamos de 2.500 anos atrás? Vê-se, desta forma, que a interpretação da autora, feita antes mesmo que o leitor possa fazê-lo, evita a má interpretação do texto, caso o leitor baseie-se na contemporaneidade de fatos. Nota: não estaria a autora, também, resguardando a sua "pequena verdade", com medo de novas conclusões, não por insipiência, mas por puro instinto humano? Vale lembrar, também, que muitas "verdades" foram, de certa forma, criadas pelo homem a fim de gerar-se um efeito desejado numa comunidade, por exemplo. Na obra "Fédon", de Platão, ele também fala sobre a morte de Sócrates numa prisão ateniense; no entanto, os efeitos que ele descreve em nada coincidem com o que foi por outros narrado. Coincidentemente ou não, Sócrates foi o primeiro mártir da filosofia e das ciências conhecido. Já Maurício de Souza ilustra o pensamento de Platão, mostrando de uma forma mais "assimilável" para todos uma situação onde três homens antigos ficam a admirar a sombra das pessoas que passam pela caverna que habitam. Piteco é o filósofo, ele faz com que os homens da caverna saiam para ver a luz e tudo que existe fora desta. Logo após, faz uma sátira com os dias atuais, falando sobre as pessoas que ficam presas à idéias pré-definidas (ilustrado como a TV), achando que esta é a única realidade existente. Buscando elucidar melhor o tema "Adaptação ao novo meio", cabe a sugestão de um filme (não cabe analisar aqui a qualidade do mesmo, e sim o assunto por ele tratado) chamado "De Volta para o Presente" (Blast From The Past - New Line Cinema, Warner Bros. EUA,1999.), onde um casal e seu filho ficam presos equivocadamente num abrigo anti-nuclear durante 35 anos, e o filho, ao sair para comprar mantimentos, encontra um mundo bem diferente daquele que seu pai havia idealizado.